downloadBrasília, 08 de julho – Documentos da Secretaria de Educação do Distrito Federal publicados na internet mostram que a pasta tinha 1.846 servidores temporários em maio, apesar de 1.437 professores aprovados em concurso aguardarem convocação.

De acordo com a subsecretária Eliane Barbosa, só é permitida convocação de concursados em casos de aposentadoria, exoneração, demissão ou morte dos atuais ocupantes dos cargos. Hoje há 102 professores temporários nessa condição.

Diretor de imprensa do Sindicato dos Professores do DF, Cleber Soares, criticou a contratação de temporários em vez dos concursados. “Essa medida, que não coloca em sala de aula o professor definitivo, cria um processo de descontinuidade na educação do aluno”, afirmou.

“O trabalhador temporário só fica por um determinado período. Se aparecer outro emprego fixo ele sai. Não é da carreira de professor”, argumentou Soares. “O professor temporário tem que ser respeitado, mas deve chamado em casos como [substituição por] atestado, licença premium.”

A Secretaria de Educação afirmou que “a denúncia não procede”. Segundo a pasta, “a contratação de profissionais temporários é uma situação emergencial e provisória” e ela ocorre apenas “quando professores efetivos estão de licença ou atestado médico”. O objetivo, diz a secretaria, é “assegurar que haja sempre professor em sala de aula”.

Ainda segundo a secretaria, existe um pedido de nomeação de professores efetivos concursados para a rede pública em andamento na Câmara de Governança Orçamentária, Financeira e Corporativa do Distrito Federal. O processo aguarda análise orçamentária e financeira para sua conclusão.

A nota da secretaria não cita a contratação de funcionários temporários, apesar de ter sido admitida pela subsecretária Eliane Barbosa.