coinsBrasília, 27 de agosto – Quinze meses depois de ter alterado a forma de remuneração da caderneta de poupança, o governo voltará a mexer na rentabilidade da aplicação financeira mais popular do país. Caso o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decida dar continuidade ao processo de elevação dos juros básicos da economia, que atualmente estão em 8,5% ao ano, os depósitos na caderneta deverão render pelo menos 0,5% ao mês. Hoje, a correção é definida por 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Como essa taxa quase sempre fica zerada, o poupador recebe, em média, 0,48% ao mês.

Parece pouco, mas, para especialistas ouvidos pelo Correio, a diferença de 0,2% ao mês na correção tornará a poupança ainda mais atraente. “Hoje, sem dúvida, essa é a melhor opção de aplicação para o pequeno investidor, porque, além de ser isenta de Imposto de Renda (IR), ela é fácil de entender e absolutamente segura na hora de receber”, disse o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.

Mesmo antes de o governo mudar a forma de cálculo da caderneta, em maio de 2012, os depósitos na poupança já vinham superando os saques mês a mês. Em julho, a chamada captação líquida chegou a R$ 9,331 bilhões, o maior resultado já registrado para meses de julho e o segundo melhor desempenho da história, ficando atrás somente de junho deste ano, quando os depósitos ultrapassaram os saques em R$ 9,451 bilhões. Em agosto, até o dia 20, o saldo está positivo em R$ 1,914 bilhão, segundo dados do BC.