Segundo a investigação, os estelionatários faziam os empresários acreditarem que poderiam abater dívidas de impostos das empresas com o Fisco, por meio de compensação com créditos tributários de terceiros, prática que não é prevista na legislação tributária federal. Eles convenciam as vítimas a entregarem a assinatura digital para entrar no sistema para pagamento de tributos e limpavam o campo de impostos a pagar da empresa, o que fazia desaparecer o débito da tela.
A Polícia Federal acredita que o valor das fraudes é incalculável e, se consideradas outras unidades da federação, pode-se chegar à casa dos bilhões de reais. Em 22 de janeiro, a PF e Receita Federal já haviam deflagrado operação contra o mesmo tipo de fraude no Espírito Santo. Apenas na Grande Vitória foram identificados prejuízos que totalizaram R$ 72 milhões. A chamada Operação Miragem cumpriu 12 mandados de busca apreensão e 10 mandados de condução coercitiva.
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