Brasília, 21 de março – No oitavo dia em que muitos alunos da rede pública estão sem aula, os professores decidiram em assembleia manter a paralisação da categoria por tempo indeterminado, iniciada no dia 12 de março. O encontro começou por volta de 9h30 desta terça-feira (20), em frente ao Palácio do Buriti.
De acordo com o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), 70% da categoria aderiu a greve. A informação foi rebatida pela secretaria de Educação, que informou que após um balanço feito nessa segunda-feira, 38% dos professores aderiram à paralisação.
Os professores reclamam que ainda não houve avanço nas negociações com o governo. Em resposta, a Secretaria de Administração Pública garantiu que em outubro de 2011 o GDF propôs a criação de um grupo de trabalho e reestruturação da carreira, mas os professores não aceitaram. Desde então, o diálogo entre o sindicato e governo ficou suspenso. A pasta diz que o GDF está com as contas apertadas e que está impedido, pela lei de responsabilidade fiscal, de concender benefícios como aumento salarial a qualquer categoria.
A secretaria também afirma que tudo o que foi acordado com o governo, até em gestões anteriores, o GDF cumpriu. Além disso, garantiu que, no ano passado, esta foi a categoria que mais recebeu benefício. Os professores tiveram em 2011 um aumento salarial em torno de 13%, assim como o ticket alimentação que aumentou o valor em 55%, se igualando a nível federal. A secretaria diz que no momento não é possível falar em negociação e sim em diálogo pensando em avanços futuros.
Após a assembleia, um grupo de oito integrantes do sindicato irá até a Câmara Legislativa para conversar com os deputados.
Correio Braziliense