Brasília, 27 de novembro – Apesar da euforia do governo, que alardeia crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, os analistas estão convencidos de que não há nada a comemorar. Mesmo se confirmado tal avanço — o anúncio oficial será feito na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) —, o ano de 2012 terá um crescimento medíocre por uma simples razão: os investimentos produtivos estão parados. Sem eles, não há como a atividade deslanchar e o governo cumprir o que havia prometido: incremento superior a 4%.
A descrença, por sinal, foi ratificada em pesquisa realizada pelo Banco Central. A estimativa de expansão para o PIB deste ano foi, mais uma vez, reduzida, agora de 1,52% para 1,50%. Na avaliação do economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, que aposta em um salto de 1,3% entre julho e setembro, taxa que, anualizada, dá um crescimento de 4%, é bom não se animar, pois o resultado será um ponto fora da curva. “Ainda que a economia ganhe um dinamismo maior, a recuperação será bem mais leve do que o esperado pelo governo”, disse.
Correio Braziliense