Brasília, 09 de dezembro – Enquanto o país derrete com a crise política, a inflação não dá trégua. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,01% em novembro, o pior resultado para o mês desde 2002. No acumulado do ano, a inflação já alcança 9,62%, resultado sem precedentes para o período em 13 anos. Em 12 meses, o índice atingiu 10,48%, ficando acima de todas as estimativas do mercado financeiro.
Na avaliação dos especialista, a inflação ganhou força puxada, sobre tudo, pelos alimentos, com alta de 1,83% em novembro. Também pisou a disparada da carestia a alta dos combustíveis, reajustados em 4,16%. Somente os alimentos e os combustíveis responderam por 66% do IPCA no mês.
Brasília teve a menor inflação do país, com alta de 0,66% em novembro. No acumulado do ano a taxa ficou em 8,36% e em 12 meses, 9,76%.
Na avaliação dos analistas, não restará alternativa ao Banco Central, a não ser elevar a taxa básica de juros (Selic) na reunião de janeiro de 2016. A aposta é de que os juros, que estão em 14,25% ao ano, subam 0,5 pontos percentuais, apesar da recessão da qual o Brasil está mergulhado.