imagesBrasília, 27 de maio – O Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa as maiores instituições financeiras do mundo, reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2013 e 2014, refletindo a queda em geral nos emergentes.

Para a instituição dos grandes bancos, a expansão da economia brasileira ficará em 2,9% este ano, comparado aos 3,7% de alta que previa em fevereiro em seu relatório de monitoramento da economia global. Para 2014, a projeção agora é de 3,5%, ante estimativa inicial de 4,2%.

Em todo caso, o Brasil deve crescer mais que a média da economia global, de 2,5% e 3,3% em 2013 e 2014, respectivamente, mas abaixo da expansão média dos emergentes de 4,9% e 5,4%.

Nas projeções do IIF, este ano crescerão mais que o Brasil quase todas as outras economias importantes na América Latina: Peru, 6,2% (estável em relação à projeção anterior); Chile, 5,4% (comparado a 5,2% antes); Colômbia, 4,2% (estável); Equador, 3,8% (ante 3,9%); México, 3,3% (ante 3,7%).

A economia brasileira só deverá se expandir mais que a da Argentina e a da Venezuela, nas projeções do IIF. Para a Argentina, a expectativa agora é de expansão econômica de 1,9% comparada a 2,7% em fevereiro. Para a Venezuela, permanece a projeção de alta de 1% do PIB.

As previsões para parceiros do Brics também foram rebaixadas. A China deve expandir 8% este ano, ante projeção inicial de 8,2% há três meses. A Índia deve crescer 5,8%, em vez de 6,5% e, a Rússia, apenas 2% comparado a 2,5% antes. A economia da África do Sul deve se expandir 2,8%, ante previsão de 2,9% em fevereiro.

Para o IIF, as economias emergentes em geral devem crescer apenas 3,5% no primeiro trimestre no dado anualizado, quase um ponto percentual abaixo das expectativas de um mês atrás.

Já entre as economias desenvolvidas, o crescimento nos EUA e na zona do euro em crise está próximo do que se esperava, e a surpresa é o Japão devendo expandir mais do que previsto no rastro do programa de estímulo que o governo deflagrou.

Quanto à inflação, as projeções para o Brasil continuam as mesmas, de taxa de 6,3% este ano e de 5,9% ano que vem.

Já com relação à conta corrente, a representação dos grandes bancos internacionais subiu sua projeção de déficit do Brasil para US$ 75 bilhões, comparado ao déficit de US$ 67 bilhões que estimava em fevereiro. Para 2014, a projeção agora é de déficit de US$ 76 bilhões, abaixo dos US$ 81 bilhões calculados em fevereiro.

Em Paris, as informações são de que dão conta que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também vai baixar sua projeção para a expansão da economia brasileira e aumentar a estimativa de inflação para 2013.