GDF reduz em R$ 0,05 preços de passagens de ônibus após reclamações por falta de troco
Medida vale para tarifas de R$ 2,75 e R$ 3,85. Ajuste ocorre menos de uma semana após novos valores entrarem em vigor.
G1
O Governo do Distrito Federal confirmou, nesta quarta-feira (15), que vai reduzir em R$ 0,05 os preços de duas categorias de passagens de ônibus. Assim, as tarifas de linhas de curtas distâncias, que desde segunda-feira (13) custavam R$ 2,75 e R$ 3,85 passam a ser, respectivamente, R$ 2,70 e R$ 3,80.
Segundo o governo local, a decisão foi tomada após reclamações de passageiros, que citavam dificuldades no troco dessas linhas. As passagens de longa distância e do metrô, que custam R$ 5,50, continuam com os mesmos valores.
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A mudança ocorre menos de uma semana após o GDF aplicar reajuste de 10% nas tarifas do transporte público local. Desde que entrou em vigor, na segunda-feira, o aumento tem causado polêmica.
Ação na Justiça
Nesta quarta, deputados distritais acionaram a Justiça contra o reajuste. Em ação popular, os parlamentares pediram a suspensão imediata do aumento.
No pedido apresentado à Justiça, eles alegam que a medida, “além de penalizar toda a população do Distrito Federal, em especial os trabalhadores mais humildes que dependem do transporte público coletivo, também está maculado de vícios”.
Reajuste e reações
Anunciado em 9 de janeiro, o reajuste das passagens do transporte público foi oficializado no dia seguinte. Após o anúncio, passageiros criticaram a medida e reclamaram da qualidade do serviço oferecido.
Na terça (14), manifestantes ocuparam a via W3 e o Eixo Monumental em protesto contra a medida. O Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF) também pediu explicações sobre o aumento das passagens.
Ao justificar o reajuste, o secretário de Mobilidade do DF, Valter Casimiro, afirmou que há um “desequilíbrio” entre a tarifa cobrada dos usuários e o custo do sistema como um todo. De acordo com Casimiro, o peso do transporte público para os cofres do GDF é muito alto.
Segundo o secretário, desde que houve o último reajuste das tarifas, em 2017, os gastos com a manutenção do sistema cresceram 16,19%. Casimiro alega que apenas cerca de 10% dessas perdas estão sendo transmitidas aos passageiros.
O secretário também disse que, no ano passado, os subsídios pagos pelo governo para o transporte público chegaram a R$ 700 milhões.