Benefício será oferecido aos servidores do governo local. Expectativa do presidente do Inas-DF é iniciar o serviço ainda em 2020

Metrópoles

s servidores do Distrito Federal estão cada vez mais perto de ter um plano de saúde. Conforme antecipado pelo Metrópoles, a fase atual é de lançamento do edital para contratar empresa de logística, adquirir softwares, serviços estatísticos e apoio na gestão do benefício.

Segundo o presidente do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor (Inas), Ricardo Peres, confirmou à reportagem no início de fevereiro, como o plano não terá foco no lucro, o convênio com o GDF vai oferecer preços de 20% a 30% mais baratos em comparação ao mercado.

“Não visamos ao lucro, estamos batalhando para que os valores fiquem bem abaixo dos praticados pela iniciativa privada”, ressaltou Ricardo Peres. O gestor disse ainda que a expectativa é concluir os trâmites nos próximos meses e iniciar o serviço ainda em 2020.

“Após o pregão, que deve durar uns 10 dias, terão o prazo de 120 dias para os estudos atuariais”, informa. “A partir daí, vamos definir os valores de mensalidade, das consultas, o formato da contribuição do governo. Só em seguida, poderemos receber as primeiras adesões”, prevê.

O edital de contratação será mediante pregão eletrônico, no modelo de menor preço. O valor estimado a ser cobrado pela empresa para prestar o serviço é R$ 15,70 por servidor. Hoje, existem 160 mil servidores ativos e inativos no GDF, mas ainda não se sabe quantas pessoas vão aderir à iniciativa. O plano de saúde também contemplará dependentes.

Embora a expectativa seja de adesão gradual, toda a estrutura do Inas terá capacidade para atender cerca de 300 mil usuários no ato do lançamento.

O plano funcionará por coparticipação, com tabela variável de preços para os atendimentos. Em vez da cobrança de percentual fixo sobre qualquer serviço, o convênio vai ter taxas específicas, de acordo com o procedimento realizado pelo beneficiário.

A lei que prevê o plano de saúde no DF é de 2006, mas nunca saiu do papel. Sancionada por Maria de Lourdes Abadia (PSB), então titular do Palácio do Buriti, a norma caiu no esquecimento dos governantes seguintes.

Coparticipação

No modelo de coparticipação, a cota é paga pelo conveniado à operadora por cada atendimento, além da mensalidade. No Brasil, os planos de saúde estão divididos entre pacotes com tabelas variáveis e convênios com cobrança de valor único.

Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), 54.510 planos de saúde operam no país. Desse total, 16.926 trabalham com coparticipação, atendendo 22.250.879 beneficiários.

Outros 742 atuam mediante franquia e 2.047 prestadoras oferecem pacotes mistos, com as duas cobranças.