Brasília, 02 de julho – O debate de projetos de lei apresentados pelos próprios deputados distritais ficou em segundo plano no primeiro semestre legislativo, encerrado na madrugada de ontem. O atrito entre a Casa e o Executivo foi o assunto central da Câmara nos primeiros meses da legislatura — o suficiente, inclusive para forçar a demissão do chefe da Casa Civil. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo nas relações com os parlamentares, o Palácio do Buriti conseguiu aprovar 32 propostas no semestre, entre elas, temas importantes, como a securitização da dívida ativa. Mas o GDF enfrentou derrotas, como a rejeição à proposta de redução do número de administrações regionais, o reajuste do IPTU e a venda de ações de empresas estatais.
Depois de um semestre inteiro sem praticamente debater as próprias proposições em plenário, os distritais aprovaram 54 projetos de lei de autoria própria em uma única sessão — quase o triplo das iniciativas apreciadas ao longo das 59 reuniões ordinárias realizadas desde fevereiro. Na pressa para conseguir o aval, muitos projetos passaram pela Casa sem um debate prévio nas comissões temáticas.
Durante as 11 horas de votação, ontem, os distritais aprovaram temas polêmicos. Entre eles, o estatuto da família, de Rodrigo Delmasso (PTN); a alteração do nome da Ponte Costa e Silva para Ponte Honestino Guimarães, de Ricardo Vale (PT); a concessão de verbas indenizatórias a policiais civis, de Wellington Luiz (PMDB); e a restrição de horários para manifestações no Eixo Monumental, de Cristiano Araújo (PTB) — leia outros assuntos na página 18.