Oito estados já reabriram o comércio. Entre as 27 unidades da Federação, alguns postergaram somente as atividades escolares
Metrópoles
Com a chegada do novo coronavírus no Brasil, governos estaduais se adiantaram à União e adotaram medidas para evitar o alastramento da Covid-19. Mediante o atraso do governo federal em definir regras para o enfrentamento da crise, governadores anunciaram suas próprias ações, baseadas nas recomendações do Ministério da Saúde e decretaram isolamento social nos 26 estados e no Distrito Federal. Passados 54 dias do primeiro caso confirmado da doença no Brasil, no entanto, os estados iniciam seus planos para flexibilização do isolamento.
O estado mais flexível com ações restritivas à população foi o Paraná. O governador Ratinho Júnior (PSD), que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), determinou o fechamento apenas de shoppings centers, galerias, academias e centros de ginásticas enquanto perdurar a crise. Para as demais atividades, recomendou-se o fechamento, mas sem decreto que obrigue a ação.
De forma semelhante, alguns políticos optaram pela restrição do comércio por menos tempo, como os governantes do Mato Grosso do Sul e Roraima, onde parte das atividades foi reaberta no dia 28 de março.
Volta às aulas
No Mato Grosso do Sul, o governo se mostrou flexível quanto às regras do isolamento e reabriu as portas do comércio no dia 27 de março, restringindo apenas os centros educacionais até 3 de maio.
A iniciativa de reabrir o comércio, mas continuar sem aulas, também foi adotada por outros governadores. Em Santa Catarina, apesar de parte do comércio ter reaberto no dia 13 de abril, as escolas só estarão liberadas a partir do dia 31 de maio.
No Maranhão, algumas atividades foram retomadas no dia 12 deste mês, com exceção das escolares, permitidas apenas a partir do dia 26 de abril.DESTAQUES2/5Médica contrária ao isolamento morre porcoronavírus no CearáVEJA MAISRecomendado por
Isolamento horizontal
Outros estados têm sido mais radicais quanto à ordem de quarentena e, na contramão do governo federal, resolveram ampliar o período de isolamento. Como no caso de São Paulo, epicentro da Covid-19 no país, que decretou a continuação da paralisação do comércio até o dia 11 de maio.
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu liberar o funcionamento de todo o comércio e indústria – exceto bares, restaurantes e academias – a partir de 3 de maio. Um decreto será publicado para tornar o uso de máscaras obrigatório no Distrito Federal.
No Rio de Janeiro, a quarentena fica prorrogada até o dia 30 de abril, com permissão de multa a quem descumprir a ordem. De tal forma, o Rio Grande do Sul fica paralisado até a mesma data e Rondônia, até o dia 20.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também preferiu postergar a reabertura das atividades comerciais para o dia 30 de abril, estendendo a obrigatoriedade a Fernando de Noronha. A ilha terá movimentação restrita do dia 20 ao 30 deste mês.
Confira datas para o início da flexibilização do isolamento em cada estado:
Acre (AC) – 15 de abril
Alagoas (AL) – 29 de abril
Amapá (AP) – 18 de abril
Amazonas (AM) – 15 de abril
Bahia (BA) – 16 de abril
Ceará (CE) – 20 de abril
Distrito Federal (DF) – 4 de maio
Espírito Santo (ES) – 12 abril
Goiás (GO) – 19 abril
Maranhão (MA) – 12 abril (comércio)
Mato Grosso (MT) – 26 março
Mato Grosso do Sul (MS) – 27 março (comércio)
Minas Gerais (MG) – 13 abril
Pará (PA) – 18 abril
Paraíba (PB) – 3 maio
Paraná (PR) – restrição de shopping centers, galerias, academias e centros de ginásticas sem prazo
Pernambuco (PE) – 30 abril
Fernando de Noronha – de 20 a 30 de abril
Piauí (PI) – 30 abril
Rio de Janeiro (RJ) – 30 abril
Rio Grande do Norte (RN) – 23 abril
Rio Grande do Sul (RS) – 30 abril
Rondônia (RO) – 20 abril
Roraima (RR) – 28 de março
Santa Catarina (SC) – 13 abril (comércio)
São Paulo (SP) – 22 abril
Sergipe (SE) – 24 abril
Tocantins (TO) – 13 abril