downloadBrasília, 20 agosto – Menos de um mês após alterar as regras do recolhimento compulsório dos bancos, medida que liberou R$ 50 bilhões na economia, o Banco Central (BC) voltou a alterar estas regras e permitir o incremento adicional de recursos no crédito no país. As medidas lançadas no fim de julho autorizavam que até 50% dos depósitos a prazo das instituições financeiras fossem utilizados no próprio mercado de crédito fazendo com que o dinheiro circulasse de mão em mão na economia. Agora, esse percentual aumentou para 60%

O impacto dessas medidas, apenas nos compulsórios, era estimado em R$ 30 bilhões. Outras normas de recolhimento de capitais liberavam mais R$ 20 bilhões. Com a nova regra para depósitos a prazo, o incremento será de R$ 10 bilhões no sistema financeiro. O BC não alterou a regra também lançada no fim de julho, do depósito à vista no compulsório, que continua sendo de 50% dos recursos obrigatórios que os bancos mantém guardados juntos ao Banco Central.

No entanto, o BC mudou outra medida circular que diz respeito a critérios mínimos de capital de crédito. “Dando prosseguimento à revisão de medidas macroprudenciais, foi restabelecido em 75% o fator de ponderação de risco (FDR) para todas as operações de crédito de varejo independentemente do prazo, em consonância com o estabelecido no Acordo de Basileia”.

O acordo faz parte de um conjunto de normas internacionais que prevê regras para que os bancos não se exponham a um risco excessivo de crédito. Ao flexibilizar estas normas no Brasil, o Banco Central espera que as instituições, hoje já muito cautelosas, se arrisquem e liberem mais crédito para o consumo no país.