Brasília, 18 de setembro – “Temos uma agenda de desenvolvimento institucional. Fazer reformas, reformas e reformas”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que participa nesta manhã do 9º Fórum de Economia promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

Segundo o secretário, “cada medida vai avançando a seu passo”, já que a agenda de reformas é permanente, e o desafio para implementar essas reformas é mais politico do que econômico.

“A proposta para reforma do ICMS será apresentada até o fim do ano, mas Estados e União precisam concordar. Temos também a reforma do Pis-Cofins está na agenda, para fazer com que tudo gere crédito, mas ela tem um grande impacto fiscal. Ela será adotada na medida que o espaço fiscal permitir”, disse Barbosa durante sua palestra.

O secretário reforçou o compromisso do governo com o crescimento sustentável do país nos próximos anos, objetivo que continuará sendo perseguido com medidas para aumentar a competitividade da indústria, “a mais afetada” pela desaceleração econômica interna e também pela conjuntura internacional de crise, segundo Barbosa.

Ele não descartou, no entanto, que o crescimento econômico continue sendo puxado pelo consumo nos próximos anos. “É possível o Brasil crescer com base em expansão no mercado interno. O Brasil tem essa oportunidade nos próximos 10 ou 20 anos. Não vamos escolher entre um modelo de crescimento e outro. Nenhum empresário produz se não tiver demanda esperada, precisamos gerar demanda interna e garantir que essa demanda seja atendida por produção interna”, disse.

Valor Econômico